Nossa Patrona

 

Maria Angelita Araújo Moreno

 

 

Natural de Ilheús, Bahia, filha de Antonio Magno Moreno e Maria Aurora Araújo Moreno, Angelita iniciou seus estudos no Ateneu Fernando Caldas, concluindo o curso primário no Colégio Nossa Senhora da Piedade. Nessa escola seguiu até o primeiro ano de magistério, quando se transferiu para a Escola Normal da Bahia. Versátil, espirituosa e muito alegre, Angelita Moreno deu exemplo de garra à frente de todos os projetos que abraçava.

 

 Educadora com um profundo amor à profissão, ela foi diplomada pela Escola Normal em 1938. Um ano depois de formada, em 1939, Angelita enfrentou sua primeira sala de aula no Colégio Nossa Senhora de Soledade. Em 1940, foi nomeada para a Escola Getúlio Vargas, no Barbalho. Em 1942, fez sua primeira viagem de estudos com destino a Belo Horizonte, onde cursou Aperfeiçoamento Pedagógico. Ao voltar, recebeu sua primeira promoção: é nomeada orientadora do Ensino Primário. Em 1951, Angelita foi designada para elaborar testes de aproveitamento para as Escolas Castro Alves e Leopoldo dos Reis e, logo em seguida, para integrar a comissão julgadora do Concurso para Magistério Primário da Secretaria da Educação do Estado da Bahia. De 1955 até o início da década de 60, ocupou diversos outros cargos de confiança da Secretaria, ora como assistente de ensino médio profissional e normal, ora como inspetora escolar, ora como representante da Bahia em encontros importantes fora do Estado, como o III Seminário Latino Americano de Comunicações Áudio-visuais, que aconteceu em Minas Gerais. Em 1970, Angelita foi convidada para dirigir a Divisão de Assistência Técnico-Pedagógica do Departamento de Educação Média e, um ano depois, para assumir o comando do récem criado Ginásio Estadual Marquês de Marica. Nessa estabelecimento, permaneceu por dois períodos: de 1971 a 1975 e de 1977 a 1987.

 

Tão profundamente ficou ligada ao Marquês de Maricá e a seus alunos que Angelita logo passou a ser conhecida pelo apelido de "marquesa", que lhe acompanhou pelo resto da vida.

 

Angelita manteve-se ligada ao ensino primário e médio até 1989, quando foi convidada pela Secretaria de Educação, Mariaugusta Rosa Rocha, para exercer o cargo de chefe de gabinete. Depois, ocupou cargos na diretoria da Sociedade Unificadora de Professores SUP, que ajudou a fundar e com a qual manteve-se ligada até sua morte, em 1993.  

 

Em vida, Angelita teve seu trabalho como educadora reconhecido por muitos prêmios e, sobretudo, pela conquista da Medalha do Mérito Educacional Barão de Macaúbas, concedida em 1984 pelo então governador João Durval Carneiro.